Como os tempos que vão correndo são de enormes tensões,as conversas ,muitas vezes, desandam para o trivial. Vem isto a propósito da primavera que está para chegar e da variada passarada que já por cá cantarola.Disto desta forma a conversa caiu num passaroco a que se dá o nome de cuco que observado em” voo tem grandes asa afiladas ,a cauda comprida e a cabaça pequena que recordam uma ave de rapina.Quando pousado,muitas vezes num fio telefónico,surge desajeitado e mal proporcionado,parece ter dificuldades em fechar as asas”. Tem o canto característico e facilmente identificável e repetido:cuc-cuu.Mas esta espécie não faz ninho,põe os ovos nos ninhos de outros pássaros. É,portanto, um parasita.Mais ,diz-se que mija nos espargos e que os torna duros e incapazes de serem cozinhados.Não sei se o passaroco terá assim uma tão grande capacidade de molhar todos os espargos,mas ao ouvi-lo cantar preguiçoso e repetitivo fica-se com má impressão .Lembro ,ainda, que se costuma dizer “este não chega a ouvir cantar um cuco” quando se refere a uma criança débil. Mas,o pior de tudo é ser um parasita.Pois, até ser descoberto e ser corrido à pedra. O embuste não dura sempre
. A Capela
. A Carvalha de São Domingo...