VALVERDE
Caminhei até Valverde,
A terra velha não vi,
Só encontrei casas novas,
Há novo Valverde aqui.
Era um caminho tão seco!
Macieiras ressequidas,
Terras sequiosas e mortas
Cheias de maçãs caídas.
Vim-me embora, sem tardança
Era hora de voltar,
Deixei lá um raio de esperança:
A chuvinha há-de voltar!
Hei-de ver tudo florido,
Se lá voltar. Oh! Quem dera
O que parece perdido
Renasce na Primavera.
De um Livro de Poemas de J. Fazendeiro de Refúgio , Covilhã.