A conversa foi parar na estrada e como era complicado passar em Valverde nos domingos à tarde.Nas décadas de 60 e 70 do século passado havia o hábito de os valverdenses irem para a estrada e ali passear em grupos e conversar com os amigos.As gentes eram tanta que ocupavam a dita rua, o que dificultava,e enervava,os condutores dos poucos automóveis e motorizadas que por cá andavam.As pessoas faziam finca pé e permaneciam na ocupação dificultando a passagem e respondendo mesmo à irritação dos condutores com desdém e com a frase forte de que “a estrada é do povo”.Os maiores aglomerados encontravam-se nas Figueiras ,na Fonte do Vale,onde estacionava a juventude, e no alto do Carvalhal.Mas a Rua da Estrada nem sempre teve este nome.Nos primórdios do século XIX chamava-se Rua Direita,talvez por ser a maior da freguesia,e deixaria de assim ser conhecida nos finais do mesmo século aquando da abertura e macadização ,nos tempos do historicamente chamado fontismo,da ligação por estrada entre o Fundão e Penamacor.O alcatroamento,parcial, só aconteceria em 1950,como se pode ler numa notícia de 30 de Julho desse ano no Jornal do Fundão :”já foi feito o alcatroamento da estrada desde o cemitério até às Figueiras num total aproximadamente de 800 metros”.Mas a sua estreiteza sempre foi um grande problema.Assim no dito Jornal do Fundão escrevia-se em 12/11/1950, sob o título de Variante de Valverde, o seguinte : que estava a ser pensada uma variante a Valverde “a começar junto ao cemitério,caminhando para norte em apertado arco de círculo que virá a encontrar-se novamente com a actual estrada no sítio denominado As Figueiras”.O mesmo jornal noticiava em 11/11/1956 que “foi feito o alcatroamento da estrada entre Valverde e Fundão”.E a estrada lá ficou com as curvas apertadas e estreita, sem nunca se ter feito a estudada variante,ocupada pelos valverdendes para os seus encontros e passeios dominicais.
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