Num destes dias ouvi na RCB o Sr Comandante dos Bombeiros dizer que era rara a semana em que não eram chamados para um acidente na curva do cilindro na estrada de Fundão-Valverde.Naquele dia não houve só danos materiais ,houve feridos.Dizia ,ainda,que era uma situação fácil de resolver e propôs a solução.Não sei se os poderes municipais o ouviram.Se não ouviram,façam favor telefonem-lhe.
E,há quanto tempo aquele malfadado buraco está aberto na descida da passagem de nível da referida estrada? É preciso haver ,também,um acidente ou será apenas indiferença por aquela estrada servir os valverdenses?
Eu não sei...
Catálogo das Igrejas do Reino de 1320-1321
“ Em 14 de Março de 1319 pela Bula “Ad ea ex quibus” o Papa João XXII autoriza D. Dinis a fundar a ordem de cavalaria de Jesus Cristo,em substituição da Ordem dos
Templários e também destinada a combater os serracenos.No ano seguinte pela Carta “Apostolicae Sedis” ,acede a novo pedido do monarca para arrecadar ,durante três anos ,a “dizima sexenal” dos rendimentos eclesiásticos do reino,imposta pelo Concílio para dilatação da fé e para socorro da Terra Santa,a fim de prepara as galés contra os inimigos da fé.
Do “Catálogo de todas as Igrejas ,comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarve ,pelos anos de 1320 e 1321 com a lotação de cada uma delas” extrapusemos as seguintes igrejas e respectivas taxas:
Santa Maria do Castelo (Covilhã) |
200 libras |
São Martinho(Covilhã) |
75 libras |
São Martinho(Fundão) |
40 libras |
Santa Maria de Peroviseu |
50 libras |
São Pedro do Catrão |
70 libras |
Santa Maria de Valverde |
20 libras |
Santa Maria de Alcongosta |
25 libras |
Santa Maria da Carantonha (Telhado) |
70 libras |
São Pedro do Souto da Casa |
40 libras |
São Pedro de Aldeia de Joanes |
120 libras |
* Página 132 do livro “Aldeia Nova do Cabo e a Cova da Beira-Estórias e olhares de Joaquim Rebordão Leitão.
É assim muito fácil verificar que a paróquia/freguesia de Valverde é muito antiga,sendo já mencionada no reinado de D. Dinis.
Talvez valha a pena seguir a pista dos cavaleiros templários e da ordem de Cristo na nossa antiguidade.
Fica a ideia para quem queira e possa.
Os nomes identificam as pessoas e as famílias.Há nomes que identificam as terras e têm histórias que nem imaginamos.
Veja-se o que encontrei numa destas minhas leituras( e eu ainda tenho o prazer da leitura) num Livro chamado “Aldeia Nova do Cabo e a Cova da Beira –Estórias e olhares de Joaquim Rebordão Leitão, a páginas 99,nota 3.
“3 – A cerca de uma légua de Vale de Prazeres,na encosta da Gardunha virada para o “campo”,ficava a Ermida de S. Pedro,matriz da povoação de Catrão.Conta-se que,já em tempos modernos,a população do lugar foi atacada por uma peste – a pelagra(?)-,que causava graves lesões na pele,particularmente nas zonas expostas,cara e mãos,bem como diarreia e perturbações mentais.Apavorados com a série de mortos,certamente por desidratação,os moradores atribuíram as causas ao meio ambiente e resolveram transpor a serra ,procurando alívio e viático na aldeia de Alcaide,e,depois,na Fatela,mas os moradores destas não os quiseram acolher.Prosseguiram a sua “via-sacra” até aos Vales de Peroviseu ,onde vizinhos mais hospitaleiros os deixaram instalar. Sobreviveram catorze famílias ,tantas quantas chegaram “à terra prometida”,e,para assinalar o êxodo ,os naciturnos seriam baptizados com o apelido de “Catorze” .Ainda hoje o sobrenome é familiar em Peroviseu,Valverde,Fundão e povoações vizinhas”.
Fica para quem se interessar por coisas triviais.
. A Capela
. A Carvalha de São Domingo...