Parabéns para o Agrupamento de Escuteiros de Valverde que repetiu a valorosa acção de recriar o presépio ao vivo.Desta vez com inovoção e criatividade que agradaram a todos que o visitaram.
Deve ter dado muito trabalho o que o valoriza muito mais.
Esperamos já pelo próximo ano.
Madeiros
Havia,nem mais nem menos que três.Pois,três! Um no Carvalhal,outro no Adro da Igreja,e um terceiro no Largo dos Arais que servia de apoio ao presépio.
Sabe-se,ingenuamente, que o madeiro servia para aquecer o Menino que nasceu na noite do caramelo.Verdadeiramente,o madeiro servia,sobretudo,para afirmar uma geração.Repare-se que o madeiro era roubado(roubado é a palavra certa),de preferência a um proprietário rico,pelos mancebos que em Janeiro seguinte iriam dar o nome e que mais tarde se iriam apresentar para tirar o número ou tirar as sortes na inspecção militar que lhes traçaria os destinos pelos anos seguintes.
Era ,pois, um acto de afirmação daqueles jovens que queriam dizer à sociedade e à freguesia que já eram capazes de cumprir a tradição e de se assumirem como capazes de serem responsabilizados pelos seus actos,afirmando-se como homens de pleno direito.
Roubavam o madeiro a alguém mais poderosos em acto de desafio.Poderia ser uma atitude que mais terde fosse paga ,e bem paga,com dinheiro grosso e maldito ao proprietário.Mas pagava-se sempre com a ideia de que os seus intuitos tinham sido cumpridos,sendo que o castigo mais os valorizava no conceito dos seus conterrâneos.Queriam,também, mostrar à sociedade que já eram capazes de ser independentes e enfrentar a vida diferente que lhes iria rebentar inusitadamente no ano seguinte.Iriam viver longe de casa e da sua terra e de lá voltariam diferentes.
E,quanto maior fosse o madeiro mais valentes eram os mancebos do ano,um ano de grandes madeiros era um ano de rapaziada forte.E,quando a rapaziada era mesmo muito forte,havia ainda o desafio de ir roubar o madeiro ao adro da freguesia vizinha.Então,assim, era a celebridade e a lenda que ainda hoje se ouve contar.
Haverá sempre outros desafios...
Há natais que se recordam com saudade por uma ou outra coisa; também há aqueles que se esquecem rapidamente, porque algo correu mal e são para esquecer. Mas nas famílias pobres não há diferenças, são todos iguais. A comida é igual à dos outros dias, não está a família reunida, não se conversa sobre o que aconteceu durante o ano e não se comemora o Natal de uma maneira especial.
Numa noite dessas especiais, uma família comemorava assim o Natal. Foram à missa do Galo e estiveram ao pé do madeiro quase como uma obrigação, não o fazendo como sendo uma tradição ou uma comemoração, mas fazendo por fazer.
Quando, já tarde, chegaram a casa e no presépio iriam colocar o menino que já havia nascido, já lá estava colocado um menino pequenino, rechonchudo, rosado, a beleza em pessoa!
Não era o da família, quem O teria lá posto? Se entraram em casa, teriam levado alguma coisa? Quem foi que o pôs lá?
A filha mais nova não ficou intrigada. Tinha apenas três anos, foi a única pessoa da família que não pensou nisso e apenas exclamou:
- É tão bonito! – E logo a família parou de pensar e começou a olhar para o menino que parecia que sorria para eles, como se aquela família fosse o Mundo. E sorria, sorria… Acharam que aquilo foi um milagre. Mas, não. Foi apenas um sinal.
Aquele menino continuou naquela família durante todo o sempre e aquela história era contada para que nunca se esquecesse o significado de Natal.
M.A.C. (11 anos)
VALVERDE -1 V. FUNDÃO - 0
Num jogo muito disputado a jovem equipa do Grupo Desportivo de Valverde ganhou à Associação Desportiva do Fundão.
Boa prenda de Natal !
A gente agradece.
Hortas e outros bens.
Nos arrendamentos de 1927 diz-se que “o terreno junto à Ribeira foi alugado pelo preço de 10$00 (dez escudos)” e”40$00 (quarenta escudos) pela horta junto à Capela”,havendo ,ainda, um salgueiro junto à ribeira.
Bens? Que é deles?
Em 1855 a Junta da Paróquia decide que“o rendimento da Orta de Sam Domingos que a poucos anos iria o rendimento para a Confraria do SS. Sacramento desta freguesia em virtude de se ter demonido a capela do Sam Domingos tornar a regressar o rendimento da Orta para o aumento do culto da Confraria de Sam Domingos por estar reedificada a capela “.*
· Acta de 6/5/1855 da Junta da Paróquia – Livro de Actas da Junta de Freguesia
Mas ,sabe-se que o que está longe da vista está longe do coração. Estando largos anos deitados ao abandono os bens vão encurtando e vão desaparecer. A levada da água era muito importante para a cultura e fertilidade daqueles terrenos. Houve ,em consequência ,choque de interesses vários ente os utentes da levada
Em 1919 dá-se a primeira intervenção da Junta de Freguesia de modo a regular o uso e a fixação da levada.
Mais tarde ,em 1927, perante grave conflito entre vizinhos ,intervém definitivamente a Junta de Freguesia e ,bem ou mal, vai fixar o actual ordenamento .
São confusas e intrincadas as justificações inscritas nas Actas do livro da Junta de Freguesia. Para evitar a disputa em Tribunal houve recurso a um moderador desta freguesia que propôs aos litigantes a solução desenhada no referido Livro e acabou por ser aceite por todos.*
A levada ou regadio
Tinha início na ribeira em terras da capela ,seguindo em direcção às culturas dos regantes que faziam a adua da água “desde tempos imemoriais”,na feliz expressão do escritor das Actas da Junta de Freguesia.
Mas ,sabe-se que o que está longe da vista está longe do coração. Estando largos anos deitados ao abandono os bens vão encurtando e vão desaparecer. A levada da água era muito importante para a cultura e fertilidade daqueles terrenos. Houve ,em consequência ,choque de interesses vários ente os utentes da levada
Em 1919 dá-se a primeira intervenção da Junta de Freguesia de modo a regular o uso e a fixação da levada.
Mais tarde ,em 1927, perante grave conflito entre vizinhos ,intervém definitivamente a Junta de Freguesia e ,bem ou mal, vai fixar o actual ordenamento .
São confusas e intrincadas as justificações inscritas nas Actas do livro da Junta de Freguesia. Para evitar a disputa em Tribunal houve recurso a um moderador desta freguesia que propôs aos litigantes a solução desenhada no referido Livro e acabou por ser aceite por todos.*
· Mapa desenhado no Livro de Actas B da Junta de Freguesia
. A Capela
. A Carvalha de São Domingo...