Sexta-feira, 30 de Novembro de 2007
CAPELA DE SÃO DOMINGOS
Época de construção desconhecida
Volume simples de disposição na horizontal com embasamento pintado a cinzento ,contrastando com o reboco branco do restante muro. Cobertura em telhado de duas águas. Fachada principal orientada com um portal de volta perfeita, com porta de duas folhas, em ferro. Do lado esquerdo da porta tem um óculo como característica particular .Remate da fachada em empena angular rematada por cruz.
Fachada voltada a Norte cega, rematada por beiral.
Fachada Oeste cega, rematada por empena angular. A sul possui uma fresta e é rematada em beiral.
Arquitectura religiosa ,vernacular . Capela de planta longitudinal simples. Fachada principal com portal de volta perfeita e remate em empena com ângulo.
Alçados laterais com cunhas e remates simples, surgindo, no alçado lateral esquerdo ,fresta na zona do altar-mor.* (nº IPA 0504290045)
Em 1758 0 Cura de Valverde ao fazer a relação das capelas da freguesia escreve o seguinte : “… e outra de São Domingos fora deste lugar,em distância de um quarto de légua..”.**
Domingos de Gusmão, de seu nome ,nasceu em Caleruega – Espanha em 1170 e morreu em 1221.Em 1215 fundou a Ordem dos Pregadores ,também denominada Ordem dos Dominicanos ,confirmada pelo Papa Honório III em 1217. Dava testemunho da verdade através do diálogo e do exemplo de pobreza. Diz-se que foi o instituidor do Rosário ,vulgarizado com a forma de Terço .Foi canonizado em 1234 pelo Papa Gregório IX.O seu Dia Litúrgico celebra-se a 4 de Agosto.
Da antiguidade da sua capela até à lenda cultivada pelos nossos antepassados pouca diferença haverá . Sabe-se pelo menos que no Século XVIII já a Mordomia de São Domingos realizava a sua festa. No 3º Domingo de Agosto acontecia a romaria ao São Domingos de Valverde integrando o calendário das festas e romarias do concelho do Fundão.
A estátua do Santo é muito valiosa ,não só pela antiguidade mas, também , pelo seu valor estético e escultórico . Esculpido em peça inteira de madeira é uma obra notável e rara.
A sua pequena Capela de construção muito antiga ,remontará ,provavelmente, aos Séculos XIV ou XV , tinha no seu interior um altar policromo . No pequeno terreiro nasceu uma frondosa carvalha ,já desaparecida , que estendia os seus longos braços por sobre a capela e oferecia a sua sombra quando os nossos conterrâneos comiam , debaixo das suas abas, a merenda em pleno dia de festa.
A lenda diz que esta carvalha nasceu de um pau de um pastor que num domingo de festa assistia à Missa e o enterrou no chão. Quando quis retirar-se não conseguiu arrancar o seu cajado ,por que este havia tomado raízes e transformar-se-ia na enorme carvalha . Caiu carcomida pelos bichos ,pelo peso da idade e do caruncho.
À sua volta encontram-se as Hortas de São Domingos, pequenas parcelas de terreno ,foreiras da mordomia de São Domingos. Bem perto está a Fonte da Moureta e o Chão da Tenda ou Tendeiro onde ,diz a lenda ,se realizava uma feira de cavalos .
Para ,finalmente ,se provar da antiguidade desta capela e do seu santo será conveniente recordar que as Inquirições Joaninas de 1395 referenciam estas terras de São Domingos como pertencendo à Igreja de Valverde que entestava com outra propriedade a que se chamava Fonte do Denouro.
Quarta-feira, 28 de Novembro de 2007
Caro amigo J: Nascimento : estou encantado por saber que a capelinha de São Domingos foi a causa de um eestudo universitário.Claro,vai ter de nos mostrar e vamos ter de divulgar.Olha,Luís, aqui está que Valverde está bem representado em muitos lugares.
Um abraço para vós.Vou começar a lançar umas coisitas sobre o São Domingos e área envolvente.
Sábado, 10 de Novembro de 2007
Presumo que toda a gente conhece a generosa história do São Martinho.A sua ligação ao vinho e à jeropiga é que é uma incógnita.A propósito de vinho aqui vai o que encontrei :
VINHO CHASSELAS*
“É uma variedade de cepa francesa de uva de mesa, bastante precoce, mas muito popular em Valverde, Castelejo e Aldeia Nova do Cabo. O Chasselas de Fontainebleau provem de garfos (enxertos) do Curdistão oferecidos ao rei Francisco I pelo Sultão Sulayman, o “Magnifico” . A variedade mais conhecida deste híbrido é o Chasselas dourado, cuja cultura se fazia em Theméry, perto do Castelo de Fontainebleau, fundado por Francisco I,no sec. XVI ,onde no ano de 1807 ,Napoleão decidiu a partilha de Portugal: A designação de Chasselas vem da aldeia que ,com esse nome, existe perto da cidade de Fontainebleau. É aquela variedade que se cultiva na Cova da Beira .É muito saborosa ,perfumada e tão rica em glicose ,por via do nosso sol, que ao contrário do que aconteceu em França ,aqui se consegue vinificar”
*Nota nº85 do Capítulo III –pag. 211 do Livro - Aldeia Nova do Cabo e a Cova da Beira- Estórias e Olhares de Joaquim Rebordão Leitão
Sexta-feira, 2 de Novembro de 2007
O Luís Amoreira repentinamente deixou-nos.Era um rapaz esforçado,trabalhador,amigo de todos,dirigente associativo de primeira qualidade.
Dirigente do Grupo Desportivo sabiamos dele que estava sempre pronto para trabalhar e ajudar.Era um bom companheiro de sorriso nos lábios e gargalhada fácil.
Deixa-nos a sua amizade e o seu trato de pessoa de bem.
Perdemos um HOMEM bom e de grande carácter.Assim,todos ficámos mais pobres.
Dele vamos guardar a sua alegria de viver ,o seu companheirismo e o seu bom exemplo.
Atá sempre,Luís Amoreira.